quarta-feira, dezembro 13, 2006

És só
Porque não vês a alegria da flor que brilha,
Não sentes a frescura da agua que passa,
O grito da ave que voa,
A doçura da manhã.
És só
Porque não bebes o Sol ao nascer,
Porque não corres, como a criança que corre,
Porque ris quando outros choram.
És só
Porque não sentes o ar que respiras,
A chuva que cai,
O Sol que morre.
És só
Porque o mundo caminha fora de ti.


Lisboa – 1941

Helena Cidade Moura

Nenhum comentário: